Mercado reage positivamente à chance de revisão da delação premiada da JBS

 Na véspera do feriado de Independência do Brasil, o dólar comercial abriu a sessão em queda. A moeda americana está sendo negociada a R$ 3,11, queda de 0,15%, depois de ter recuado 0,68% na sessão de ontem. Analistas avaliam que o mercado pode testar o patamar de R$ 3,10. No exterior, o dólar index, que acompanha o comportamento da divisa frente a uma cesta de moeda, também recua 0,06%.

No pregão da Bolsa de Valores de São Paulo, o principal índice do mercado de ações brasileiro abriu os negócios em alta. O Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, subia mais de 1,1% após o inícios dos negócios, aos 72.964 pontos.

Ontem, o Ibovespa fechou praticamente estável, com leve variação positiva de 0,03%, aos 72.150 pontos.

A possibilidade de revisão do acordo de colaboração premiada entre os controladores da JBS e a Procuradoria Geral da República continua na pauta. A tese de que novas gravações colocam em dúvida a delação fortaleceu o Planalto, segundo interpretação dos analistas, e está agradando o mercado. O reflexo está na alta da Bolsa e no recuo do dólar nesta quarta.

No cenário internacional, as tensões entre a Coréia do Norte e os EUA e o furação Irma influenciam o humor do mercado.

“As bolsas internacionais recuam majoritariamente com as tensões entre Coréia do Norte e EUA e a aproximação do furacão Irma, que pode atingir a Flórida no domingo”, diz em relatório Ricardo Gomes, diretor da Correparti, corretora de câmbio.

No campo econômico, os investidores aguardam a decisão dos diretores do Comitê de Política Monetária (COPOM) em relação à taxa de juros. A expectativa é de mais uma redução de 1 ponto percentual, com a Selic (taxa básica de juros) caindo de 9,25% para 8,25% ao ano. Outro indicador divulgado nesta quarta, foi o IPCA, que mede a inflação oficial do país, que ficou em 0,19% em agosto. Em 12 meses, a taxa está em 2,46%, a menor desde fevereiro de 1999.


 

Fonte: O Globo