O mundo está conectado. Essa conectividade permite o encontro de pessoas, mercadorias, bens e serviços, mudando o hábito dos consumidores e consequentemente das empresas e das indústrias. Novas tecnologias como inteligência artificial, internet das coisas, impressoras 3D e a própria performance da internet de hoje, fomenta grandes mudanças nas áreas de saúde, educação, agricultura, locomoção, comércio, prestação de serviços e produção. Impactando nos empregos e na forma de vender e produzir.

 

Antes do nascimento da indústria, a fabricação de produtos era de forma artesanal, realizada praticamente em casa, a mão. Utilizando poucas ferramentas. Construindo, praticamente, produtos exclusivos para consumo próprio troca ou venda. Existia também a manufatura, fábricas que produziam com ferramentas maiores, produtos padronizados em um ambiente dedicado. Mesmo essas fábricas tinham como energia principal a força humana e tudo era feito de forma manual.


Imagine se a produção de hoje ainda fosse assim?


Não seria possível atender à demanda. Ou seja, essa estrutura organizacional do mundo estava prestes a esgotar, se tornar inviável. E as pessoas não tinham consciência disso. Hoje a estrutura organizacional das empresas já está esgotada.


Em 1668, o sistema de governo da Inglaterra passou a ser monarquia parlamentar constitucional, tirando o poder absoluto do Rei. Os parlamentares, em sua grande maioria burgueses, adotaram medidas que proporcionaram economia mais independente, o fim das relações de trabalho feudal, a desfragmentação da produção e maior ganho de capital. Esse capital financiou pesquisas para o desenvolvimento de novas máquinas e aperfeiçoamento da produção. Dessa forma, a manufatura foi substituída pela maquinofatura, nascendo assim a INDÚSTRIA, tendo o carvão e vapor como fontes de energia, a criação do tear mecânico, e os produtos passaram a ser fabricados pelas próprias máquinas, em larga escala e em série. Essa foi a primeira Revolução Industrial.


Mas a indústria, recém-nascida, passou por problemas: As péssimas condições de trabalho; o trabalho infantil; os baixos salários, empregados pelas indústrias, fez surgir sindicatos de trabalhadores que por meio de reivindicações e greves trazia melhorias de condições para os trabalhadores. Apesar desses problemas a indústria se adapta e prossegue, fazendo da Inglaterra uma potência urbana e industrial. 


Em meados do século XIX, a indústria expande os seus horizontes para outros países da Europa, para os Estados Unidos e para o Japão, que por receio da dependência do crescimento industrial inglês, promovem a sua própria indústria. Esse período é conhecido como segunda revolução industrial, pois a indústria e a sociedade passam novamente por grandes mudanças, uma delas por meio do encontro da Indústria com Frederick Taylor, o pai da administração científica. Que deu a indústria a sistematização do trabalho, ganhando assim, produtividade. A indústria encontra-se também com Henry Ford, em Detroit, que deu à indústria o poder da linha de montagem automatizada por meio de esteiras rolantes, um modelo de produção que permitia a produção em massa, dando ritmo à produção e barateando os custos.


O mundo precisava de mudanças, era necessário ampliar e modernizar as cidades, melhorar as condições de transporte e de trabalho. As pesquisas científicas promoveram o surgimento de inúmeras invenções como o telefone, o motor a combustão, o telégrafo. 


A indústria se comprometeu com o seu papel e por isso, nesse período, as principais indústrias surgidas são automobilísticas, petrolífera, aeronáutica, elétrica, química e telefônica, a maioria dessas indústrias promoviam de alguma forma o encurtamento das distâncias fundamental para alimentar a cadeia de suprimento e consumo dos produtos, bem como acomodar as pessoas nas cidades devido à explosão demográfica decorrente da 1ª revolução industrial


Durante a 2ª revolução industrial, justamente por a indústria, nessa época, estar trabalhando com produção em massa, e estar altamente diversificada, ela tinha que lidar com governos, impostos, novas legislações, e sindicatos de trabalhadores buscando novas conquistas. Tudo isso pressionava os custos da indústria, que produzia em massa e precisava também vender em massa. Então a indústria buscou novos aliados. A indústria precisava de mão-de-obra barata, matéria-prima e mercado consumidor. Foi buscar esses aliados na Ásia e na África.


Tudo isso fomentou a indústria 2.0 no início do século XX, continuou e promoveu a partir do final da década de 60, a terceira etapa da revolução industrial que ficou conhecida como revolução tecno científica e esboçou a indústria que conhecemos hoje. A indústria se beneficiou da junção da ciência e da tecnologia com a produção de bens de consumo. Avanços tecnológicos em informática, genética, biotecnologia e robótica impactaram todos os setores da sociedade. Avanços tecnológicos nos setores de transporte e comunicação ajudaram a promover a globalização, diminuindo ainda mais as distâncias. O mundo ficou pequeno e o fluxo de mercadorias, capitais, informação e pessoas tornou-se mais fácil, pois houve uma quebra de fronteiras entre países empresas e pessoas, favorecendo assim as empresas transnacionais que, por deterem o poder econômico, passam a influenciar governos e o consumo mundial.


Estava indo tudo muito bem para a indústria até que em 1973 veio a crise do petróleo, que subiu muito e encareceu toda a produção. Então a indústria encontra-se com Taiichi Ohno, que incrementa o que chamamos de Toyotismo na indústria. Ela muda a estratégia de produção em massa para produção Just in time, passando a produzir de acordo com a demanda, produzindo apenas o produto certo, na quantidade certa, hora certa, e transportar no momento certo. Isso trouxe a abolição de grandes estoques, diminuindo a imobilização de capital e tornando a produção mais barata. Mas para produzir o produto certo era preciso saber o que o consumidor desejava e para isso a indústria passou a fazer pesquisa de mercado, terceirizar produção de materiais específicos, se preocupar com a qualidade do produto. 


Essas mudanças promovidas pelos avanços tecnológicos do século XX e pelo Toyotismo, trouxe recompensa para os consumidores que passam a ter acesso a uma maior variedades de produtos, acesso a produtos aderentes às suas necessidades e com maior qualidade. A indústria ficou mais dinâmica por meio da automação das máquinas, computadores e controladores lógicos passa a comandar os equipamentos de chão de fábrica, formatando a indústria 3.0 – A indústria automatizada .


As tecnologias digitais surgidas em meados do século XX, passaram a ser funcionais e dominantes em pouco tempo, tornando parte do mundo em digital e acabando de vez com as distâncias. O mundo digital abriu pontes que conectam pessoas ignorando o espaço e o tempo. Com isso modelos de negócios baseados em tecnologia analógica ruíram, foram a falência, dando lugar a produtos digitais que permitem, entre outras coisas a conectividade. E surge, a partir de 2011, a indústria 4.0.


O mundo está conectado. Essa conectividade permite o encontro de pessoas, mercadorias, bens e serviços, mudando o hábito dos consumidores e consequentemente das empresas e das indústrias. Novas tecnologias como inteligência artificial, internet das coisas, impressoras 3D e a própria performance da internet de hoje, fomenta grandes mudanças nas áreas de saúde, educação, agricultura, locomoção, comércio, prestação de serviços e produção. Impactando nos empregos e na forma de vender e produzir.


O software irá substituir a maioria das atividades tradicionais. “Tudo que pode ser resolvido por meio de um algoritmo deverá substituir a atividade humana, dando lugar apenas a especialistas.”


Mais o cenário é positivo, essas mudanças trarão um impacto positivo na vida das pessoas. Mas é importante se mobilizar agora para acompanhá-las e se manter no mercado.


Pense no seguinte:



  • Será que seu produto vai existir no futuro?

  • Será que ele vai continuar a ser produzido da mesma forma?

  • Será que a conectividade do mundo digital trazem diferenciais competitivos cruciais à sobrevivência da empresa ?

  • A sua indústria está trabalhando conectada a fornecedores, equipamentos de chão de fábrica, prestadores de serviço, consumidores, governos, transportadoras e meios de comunicação?


Se não estiver, está na hora de mudar, está na hora de fazer a sua transformação digital e levar a sua indústria à versão 4.0


A biografia da indústria que acabei de contar, mostra que esses momentos de transformação da sociedade baseado em tecnologia, produção de mercadorias e consumo projetam um caminho sem volta. Você tem duas opções entrar para história como a empresa que sucumbiu na 4ª revolução industrial ou como a empresa que fez história e ajudou a revolucionar a sociedade.


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